Ahhhhh,
“vamos lá”, “pois bem”, “então”
e todas as outras palavras possíveis de se usar para enrolar o inicio de uma
estória. O fato é que eu ainda não engoli esse ciclo fiado da vida, de altos e
baixos, vitórias e derrotas, com todos esses contrastes “hiperbulosos” criativamente
embutidos em simples palavras, tenho que romper com a escuridão habitual na qual
visto meus textos, me perdoem, mas achei uma tocha no caminho, vendo por trás
dela, meu caminho é um só.
Estou tão contente que posso
enrolar-me em mil raios de pensamento conexos ao meu peito, enrolar-me no êxtase
dessa chama que agora me aquece, poxa, eu tremi por muito tempo, tudo que eu
tinha eram agasalhos sem vida, a memória sem cheiro.
Quando você! Querido leitor, se
aquecer na pele de outrem, não se envergonhe, a paixão é toda aquela coisa
clichê que dizem, mas não se restringe aos dizeres, é palpável, transmuta-se,
por exemplo, em minha descrição mental: a
pele que ternamente desliza por tua pele e destaca todo aquele relevo poroso
engraçado, arrepios que precedem o amor; pensei enquanto olhava pra baixo.
Conquista. Essa palavra soa tão agradavelmente,
é em si o que eu preciso para o agora. Todos os dias com minha tocha achada; um
passo a frente para as profundezas do ser, pertencer e compartilhar, um passo a
frente para a conquista da vitória no entrelaço de corpos que é amar, aqui o
objetivo é ser como fones de ouvidos magicamente enroscados, e então jaz aqui
meu desabafo (Essa é a parte que mais me assusta): Um passo para dentro de mim,
cada vez mais perto, o estado de conforto, prazer e paz, não há droga mais
eficaz, sou esmagado pela responsabilidade de permanecer capaz de manter meu
vicio, este é, nada a mais que ter você bem de perto, é exatamente aí que sou
fraco, na possibilidade da tua ausência, porque você é a luz dessa escuridão, a
tocha companheira, que faz esse texto se desmanchar em purpurina juvenil, hoje
você venceu, eu me entrego, revelo:
...descoberta
não é nada menos que a beleza do teu nome que chamei mais cedo tantas vezes e
não disse nada: Laíze, minha amada, você tinha razão eu deveria escrever...
J.