Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Lua

O caminho é escuro, mal consigo enxergar, não só escuro, mas sombrio, o medo é constante, esburacado, tropeço, chego a cair inúmeras vezes, abstrato, mal consigo saber por onde estou indo, ofuscante, denso, o simples ato de respirar se torna difícil, eu caio, não há mais força... Mas a lua brilha alta e gloriosa. Nada mais importa agora.


Minhas mãos, o único motivo de estarem no chão agora é para me ajudarem a levantar.
De pé! A visão é bem vinda novamente, o raciocínio agora é direto... Movido pelo ódio, motivado pelo amor, ressurreição, um... Um passo.
As Rédeas do coração, batem, queimam e arranham em um transe descontroladamente coordenado.
No auge da vitalidade, uma imensa euforia toma conta do meu corpo, a excelência dos sentidos emerge, pulsando o amor, prometendo a destruição.
O poder, ausente por uma vida, explode! Um assalto violento, meus nervos arrebentam como se fossem nada, corre pelo meu corpo um dragão, bufando fogo, enfurecido e sedento... Insaciável, ele não vai parar.

A barra do destino acaba de ser elevada, não... Não elevada, ela ganhou um novo sentido.
Em uma sincronia fatal com a realidade, a aura de dois mundos se torna uma, transbordando a promessa eu esmago a matéria catalisando-a ao harmônico caos que precede a verdade.
Entre risadas caóticas e percepção de imenso poder, meu corpo, minha mente, minha aura, minha alma, incitam: ...

Doce Zefir.

                                                                                                                                                          Y.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Sacada

 Sem sede de nada, acompanhado pela sacada. Mente vazia, alma cansada, cansada de hesitar momentos frágeis, de pura e límpida loucura, tortura. Como é bom se entrelaçar entre as fendas do cercado de cá de cima, parece que se gasta, enquanto sente o gosto da adrenalina. Dançar ao equilíbrio com piruetas desesperadoras, ah... como são inspiradoras. Inspiradoras de um inconsciente consciente, a mente se confunde, a mente... mente. Balanço para lá, balanço para cá, brincando de achar que dá. Mostrando-se ao mundo, não entende, tudo calado, tudo mudo, ou ficou surdo? Seu sorriso é a única coisa que sobressai ao meio de tanto espanto, não dele, mas de cada objeto, cada ser que observa de seus dentes, o branco. Finalmente à altura dos pássaros, corvos que cantam o seu ato, ansiedade em suas pérolas negras pelo ultimato. O sinal foi dado, o agora virou passado, revelou-se a caminhar sobre o ar, estava pronto para voar. Rasgou-se entre os cílios da brisa fria, simulou uma acrobacia, acreditando brilhar. Olhos vidrados, rios vermelhos por todos os lados, que cilada... continua sem sede de nada.
 L.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Remake de um condenado.


E quando você quer parar, mas já não consegue?
E quando você continua sem querer? E quando você descobre que já não sabe?
E quando você decidiu ir sem saber? E quando você anda, mas nunca chega?
E quando você bebe, mas ainda está triste? E quando você quer, mas já não pode?
E quando você faz o contrario do que queria? E quando você não é o que queria ser?
E quando você cresce e se arrepende? E quando você não tem pra onde ir?
E quando você não consegue dormir? E quando você sonha e não quer acordar?
E quando você acorda tentando voltar a sonhar? E quando o tempo passa e você muda?
E quando te cobram o que você não tem? E quando você aguarda, mas ele(a) não vêm?
E quando ele(a) vêm mas você não quer? E quando você consegue aquilo que faltava?
E quando aquilo que faltava não é o suficiente? E quando dizer não já não vale mais nada?
E quando fazer também não adianta? E quando seu melhor só piora tudo?
E quando chorar já não alivia? E quando toda esperança se esvai?
Até quando você vai negar a si mesmo se enganando sobre o que quer?          
Até quando você vai se manter passivo em relação a autoridade que exercem sobre você?
Até quando você vai pensar sobre essas coisas como “e quando ou e se”?
Até quando você vai esperar se surpreender com tudo que lê?
Até quando você vai agir previsivelmente como um humano?                  
Eu sou, você é, nós somos.                                                                                                         Culpados.

J.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Guardando Inocência.

Eu guardo palavras, guardo utopias,
Eu guardo vontades e também ações,
Eu guardo presentes, guardo carinhos,
Eu guardo briguinhas, são recordações.

Guardo mentira e também verdade,
Guardo o fútil com descrição,
Guardo você em minha saudade,
Guardo comigo em meu coração.

Eu guardo e temo por manter guardado,
Meu eu que escreve enquanto sorri,
Porque minha infância se faz revelada
Na sua distância, por não estar aqui.

Eu guardo o conforto da tua presença,
Meu eu que insisti aquecer em ti,
Porque em mim ainda há espaço,
No teu retorno, completo em sentir. 

J.