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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Meu Lar - Parte II -

Estive pensando ; “Se eu tivesse sete vidas” o que eu faria? Sinceramente, eu não queria ter sete vidas, a graça da vida é ter uma única chance, uma única ficha para depositar no senhor Arcade.
Me tornei um jogador mais experiente, depois dos 20, os hormônios param um pouco de brincar com o mastro da sua cabeça, a relação disso com a escrita é que a maioria dos meus textos outrora estavam recheados de angústias e anseios, neste momento me sinto como um andarilho em uma praia que parou para descrever o movimento das espumas das ondas no mar,  elas costumam trazer algas até nossos pés e nós costumamos observar calados, naquele instante, você é apenas um elemento que compõe a paisagem, é uno com tudo que lhe cerca, nada menos, no entanto, minha intenção é relatar aqui que esse sincronia é responsável pelo sentimento de completude que por vezes torna esse jogo da vida, um jogo fantástico e interessante,  com todos os seus relevos sinuosos. A praia é o corpo da mulher que amo, os movimentos das espumas das ondas, são nossos dias, só nossos, as algas são as fantásticas interações das quais somos motor, não poderia ser diferente, mesmo as idiotices que nesse momento sinto orgulho em protagonizar, mas vergonha em lhes contar.

Hoje eu sou a ostrinha que toma sol na praia, não o aventureiro navegante apressado. Estou na maior parte do tempo sereno e centrado na minha morada, não poderia ser diferente, minhas viagens agora são a dois, e as ruas estão cheias de coadjuvantes. Eu quero viver com essa única ficha, mas não consigo fazer isso sozinho, não da pra ser forte sem ninguém pra de vez em quando carregar. Eu sei que a maioria das coisas na vida são transitórias, mas o meu amor nunca é, por isso eu o eternizo sempre que escrevo, se eu tivesse sete vidas gostaria de ser sete vezes da mesma mulher e escrever em cada uma das sete sobre ela, gostaria de estar ao lado dela durante esses mesmos sete meses e de ninguém mais, ser sete vezes o dono do “new high score”. Obrigado Amélia por me fazer entender o tempo de outra forma, com você não existem horas, dias e meses, é amor ontem, hoje e depois. Amor ad eternum. 

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