Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

sábado, 8 de março de 2014

Enquanto eu te espero, eu escrevo...

Afogado em lucidez, e amando mais uma vez aqui estou eu. O passatempo da noite é transpor essas palavras sem pensar muito bem na ordem em que devem vir, o J. está morto, sua alma vos escreve.
Esse texto é sobre a Amélia, minha metade teimosa e com vontade própria. Uma garota cujo sorriso supera as expectativas da beleza de uma comparação qualquer, essas coisas da natureza que costumamos admirar, é como ter um nascer do sol refletido na superfície do mar, sim, particular, mas é melhor, eu te contei.
Eu não a possuo, mas sou um fiel extremista do nosso contrato de se amar, possuo o que ela me dá, algumas horas no celular antes de dormir são essenciais para que eu possa tranquilamente acordar.
Lembro-me que a mulher de verdade não gosta de gelo batido no Nescau, muito menos de estórias macabras, eu dou risada, mas ela fica muito brava, eu amo aquelas linhas de expressão.
Deitados lado a lado, meu Éden é sentir a dor do seu fogo íntimo, eu conheço o incêndio dentro da sua rosa, nessas horas sou a abelha que vai buscar o mel, me escondo da chuva no abrigo que desejei nos sonhos mais otimistas.
Eu vou até ela, ela vem até mim, esse hábito me da aquela sensação de estar fazendo o que é certo, e certo é esperar. Pouco a pouco vou construindo em Amélia o meu lar, meu lar, minha mulher, meu amor.

Vou dormir, ela está chegando...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Meu Lar - Parte II -

Estive pensando ; “Se eu tivesse sete vidas” o que eu faria? Sinceramente, eu não queria ter sete vidas, a graça da vida é ter uma única chance, uma única ficha para depositar no senhor Arcade.
Me tornei um jogador mais experiente, depois dos 20, os hormônios param um pouco de brincar com o mastro da sua cabeça, a relação disso com a escrita é que a maioria dos meus textos outrora estavam recheados de angústias e anseios, neste momento me sinto como um andarilho em uma praia que parou para descrever o movimento das espumas das ondas no mar,  elas costumam trazer algas até nossos pés e nós costumamos observar calados, naquele instante, você é apenas um elemento que compõe a paisagem, é uno com tudo que lhe cerca, nada menos, no entanto, minha intenção é relatar aqui que esse sincronia é responsável pelo sentimento de completude que por vezes torna esse jogo da vida, um jogo fantástico e interessante,  com todos os seus relevos sinuosos. A praia é o corpo da mulher que amo, os movimentos das espumas das ondas, são nossos dias, só nossos, as algas são as fantásticas interações das quais somos motor, não poderia ser diferente, mesmo as idiotices que nesse momento sinto orgulho em protagonizar, mas vergonha em lhes contar.

Hoje eu sou a ostrinha que toma sol na praia, não o aventureiro navegante apressado. Estou na maior parte do tempo sereno e centrado na minha morada, não poderia ser diferente, minhas viagens agora são a dois, e as ruas estão cheias de coadjuvantes. Eu quero viver com essa única ficha, mas não consigo fazer isso sozinho, não da pra ser forte sem ninguém pra de vez em quando carregar. Eu sei que a maioria das coisas na vida são transitórias, mas o meu amor nunca é, por isso eu o eternizo sempre que escrevo, se eu tivesse sete vidas gostaria de ser sete vezes da mesma mulher e escrever em cada uma das sete sobre ela, gostaria de estar ao lado dela durante esses mesmos sete meses e de ninguém mais, ser sete vezes o dono do “new high score”. Obrigado Amélia por me fazer entender o tempo de outra forma, com você não existem horas, dias e meses, é amor ontem, hoje e depois. Amor ad eternum.