Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Abismo


Perdido, um destino ofuscado, estrondeante onda de pensamentos incessantes.
Busca insaciável, desesperada, o controle do destino há qualquer custo.
No limite do composto, agora é eminente, há qualquer momento.
O Sufoco. Já não há mais oxigênio. Perda de sentidos e da razão, bloqueio, sobrecarga...
vida...
Afogando na densa escuridão, não respire, ouça a música. Morra.

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Doce fumaça que me retrocede ao sublime brilho morto já esquecido.
A inundação de morte e vida queima tudo em seu caminho.
Já não existe mais nada, tudo está calmo, apenas cinzas sobram do que um dia foi real.
Renascimento; Um infinito coma. A música... ela volta.

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A morte, já não mais estranha á essência do ser, toma conta da alma.
Retaliação, impossível resistência, tudo converge.
Doce sentimento do infinito, preenche, deixando o rastro da escuridão.
Uma vez intruso, o amor, e com ele... A música.

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Preto, roxo e cinza. Lindo, explosivo... Ininterrupto.
O fluxo do infinito invade sem hesitação e chicoteia causando orgástica dor.
Vitalidade, constância caótica de energia. Transmutação.
Na unanimidade incessante, eu ordeno: Musica, toque!

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Y.

domingo, 23 de outubro de 2011

Antes que se vá; Eu incito. - (Postagem especial)



Entre beijos e afagos, suaves, porém sedentos; me perco.
E então, tomado pela emoção dos seus gestos; me encontro. 
Embalado pela ambiguidade das suas palavras; me movo.
Se me cura por apenas estar, que me toque e fique; eu estou.

Estando eu desejo e não quero ser dois, promíscuo, imagino um.
Se só se faz por apenas ser, me machuca e por isso me encanto.
Sendo minha por doce querer, eu descanso, me recolho e não ligo.
Me sento e escrevo, ingênuo mal resolvido, quase não acredito.

Embora cansado, busco a ti pra estar ao meu lado, porque sinto.
Sentindo eu me mostro, me exponho e ofereço, também reprimo.
Há um quarto alugado que só existe no teu espaço, venha e ocupe.
Deite-se ao meu lado, esqueça o passado, eu incito; se aqueça.

Antes que se vá, fecha os olhos e sinta o que há de mais profundo.
Porque não existe tempo que volte amor, isso é só uma viagem.
Antes que se vá, eu incito o amor; portanto respire bem fundo.
Sou eu? Será ele? Ou não há? Não importa, tu tens que amar.  

Por isso, eu insisto, incito, instigo.

J.




   
  

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cego

 Alguma coisa toma o poder sobre o meu corpo, alguma coisa que perdi, mas nunca vi; então eu me questiono sobre a existência dessa coisa. Assim às vezes a beira da indecisão desejo provar o sangue em minhas veias, foram muitas vezes, então também penso em ir há algum outro lugar, para assim provar o sabor da minha vida. Foram saltos que tive que me manter cego para a conseqüência, cego para a desistência, fechar o olho e apenas saltar, mas os que me incomodam, foram às vezes em que fechei os olhos para meu desejo, sendo assim todos em minha volta poderiam estar cegos também, todos fazem isso, quando querem é claro.
 O momento em que se nega um desejo, é como uma ferida que nunca vai cicatrizar, sendo assim, a gente nunca se esquece de coçar. Por vezes escrevi meu relatório, meu dever de casa e ainda assim continuei perdendo e falhando, por mais vezes pensei não haver sentido naquilo, por isso neguei a essência do meu desejo, o impulso do meu salto.

Mas quem não faz isso?
Quem nunca fechou os olhos mais cedo para esquecer aquele pensamento inconveniente?
Quem nunca fechou os olhos na esperança de se surpreender com algo?
Quem nunca fechou os olhos durante um beijo para enxergar melhor?
Quem nunca fechou os olhos não é cego nem nada, simplesmente não é.
E por tantas vezes eu que quis fechar meus olhos, mas os mantive abertos:
O que sou?
Nada?
Porque há algo ao invés de nada?
Ah, eu tenho insônia, mas de fato só os amantes mantêm os olhos abertos a noite toda, cegos por um algum coisa.
Alguma coisa capaz de tomar poder sobre seus corpos.
Seguindo esse raciocínio minha charada não vai durar.
J.