Afogado em lucidez, e
amando mais uma vez aqui estou eu. O passatempo da noite é transpor essas
palavras sem pensar muito bem na ordem em que devem vir, o J. está morto, sua
alma vos escreve.
Esse texto é sobre a
Amélia, minha metade teimosa e com vontade própria. Uma garota cujo sorriso
supera as expectativas da beleza de uma comparação qualquer, essas coisas da
natureza que costumamos admirar, é como ter um nascer do sol refletido na
superfície do mar, sim, particular, mas é melhor, eu te contei.
Eu não a possuo, mas sou
um fiel extremista do nosso contrato de se amar, possuo o que ela me dá,
algumas horas no celular antes de dormir são essenciais para que eu possa
tranquilamente acordar.
Lembro-me que a mulher de
verdade não gosta de gelo batido no Nescau, muito menos de estórias macabras,
eu dou risada, mas ela fica muito brava, eu amo aquelas linhas de expressão.
Deitados lado a lado, meu
Éden é sentir a dor do seu fogo íntimo, eu conheço o incêndio dentro da sua
rosa, nessas horas sou a abelha que vai buscar o mel, me escondo da chuva no
abrigo que desejei nos sonhos mais otimistas.
Eu vou até ela, ela vem
até mim, esse hábito me da aquela sensação de estar fazendo o que é certo, e
certo é esperar. Pouco a pouco vou construindo em Amélia o meu lar, meu lar,
minha mulher, meu amor.
Vou dormir, ela está chegando...
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