Quem sou eu

Minha foto
Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ausência

                    
Eu quero poder descrever cada palavra e seu significado em mim, assim, submerso nessa água em que me esqueci de respirar, na verdade eu tentei respirar sim, mas a realidade é intragável.
Meu niilismo é o abandono desse ar que necessito, é a conformidade com a maré, e meu posterior isolamento em uma dessas cavernas subaquáticas, representa a falta de propósito e lógica em que agora me expresso. É a ausência da minha personalidade, personificada em um objeto. É a extremidade de um pólo em inexistência física. É a frieza da distância. É a adaptabilidade de quem pode ser o que for pra quem quer que seja, sendo assim, mudo de impressões, em analises inúteis porque são só minhas, sem ações de efeito porque essas ou destroem tudo ou fomentam uma ilusão, não há meio termo, mas cada vez mais sou mais eu e não palavras, nem datas comemorativas ou ritos de passagens sociais, será mesmo que preciso justificar cada “foda-se” que direciono? Ou julgar cada fato que me afeta? Eu nem sei se vou me suportar, em um só corpo, eu sei que não.
Não é vazio, não é comodidade ou devaneio de quem parou para prestar atenção no tempo, é baixa freqüência, é a saudade do meu ser intenso, do coração que bate forte, do corpo que inevitavelmente treme, são os sintomas de um corpo frio que me alertam para queimar novamente, estar presente, entrar em erupção, o mar todo em ebulição.
J.

2 comentários:

  1. Muito bom o post.
    Esse sentimento de que falta algo, e da incapacidade de indescrição foi muito bem colocado =)

    Comenta no meu tmb?
    www.luliskd.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Sempre, em algum canto, pelo menos uma pessoa (e não falo de deus) te observa.


    abraço

    ResponderExcluir