Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lobo de mim.


Eu não posso parar de imaginar. Tenho pensado em uma estrada de barro, dessas que ficam em montanhas desertas, acho que eu queria estar agora num lugar assim, nesses lugares aparecem raposas de vez em quando; pelo menos é isso que vemos em filmes.
Eu estaria dentro do carro, não precisaria me preocupar com o perigo emanado pelos dentes a mostra dos meus amigos rosnantes. Estaria intencionado intensamente a pisar no acelerador, alcançando aquele estado em que você sente um frio no peito, como se não pudesse controlar o carro, um estado em que você já não se importa, e não mais que de repente, puxa o freio manual bem próximo da beira do penhasco abismal, eis minha roleta russa automotiva. Acaso e instinto, velhos amigos.
Não busco mais pela verdade, se há alguma “verdade”, serei cavalheiro; não irei prostitui-la em meus lábios, minha vacina, ou melhor, meu antídoto, é estar bem longe, fora da frequência, me vendo da sala de controle sem interferir em nada, cego, surdo, mudo e paraplégico para variar. Modo automático do palhaço robô, que aperta o botão: “ver em terceira pessoa”.
Impeça-me de estar longe, de acordar desse sonho de menino, de esquecer que te amo, de apertar o botão; eu ando sobre o topo de um muro, passos precisos, garoto altivo, mas só até que o vento sopre e confesso: quero cair do seu lado meu bem.
Sabe, aqui em cima é bem escuro; inverno macabro, chuva que corta, sangue escorrendo em palavras vazias, sem trilha sonora, sem passatempo, um corpo congela enquanto caminha, definha o desejo de ser mais que um, de bom só sobrou um parágrafo de três linhas, foi o que o lobo deixou.
J.

3 comentários:

  1. O Lobo tem seus mistérios...rsrs
    Passeando aqui por seu blog. Beijos e sucesso!
    http://instintosdeloba.blogspot.com.br/

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  2. Fazia um certo tempo que não visitava esse blog. E vejam só, nada mudou. Nem mesmo os sentimentos, as palavras. Tudo na mesma! Talvez a turbulência de sensações tenha acalmado os nervos. HAHA, irônico não?

    De seu leitor(a) nada fiel, PMR

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  3. Tenho feito as coisas por mero capricho, não há turbulência, apenas acaso... mas de qualquer forma vou trabalhar um pouco mais por aqui, estou construindo um legado, ainda que barato...

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