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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

domingo, 18 de setembro de 2011

Espairecer nas Sombras.


 Angustia que se mistura em saudade é querer abraçar a lua com este corpo pequeno. Eu não gosto do calor do sol, mas graças a ele, tenho minha sombra. Quando caminho por aí e a vejo cesso em conforto, que seja até ela a aprontar comigo em noites de incerteza, se duplica, se contorce, se indefini: Me assusta. Dias atrás percebi que eram brincadeiras da lua a testar meu coração e parece que não se faz um coração forte quando este está despedaçado, digo, desajustado. Quando você guarda todos os pedaços pra si mesmo, não és mais do que poderia um dia ser ou sentir, não é diferente de uma canção em desarmonia ou uma sombra que por vezes duplicada só pertence a um único dono. Eu sei de tudo isso e dessa vez não quero me forçar a esquecer, mas é que às vezes a solidão vem brindar comigo em seu tom simplista por assim ser, passeamos por aí nos escondendo atrás de sorrisos vazios e nos esquecemos de voltar. Mordidas inúteis, breves mergulhos também me cansam, cansado, me acolho na caverna do vazio, o refugio dos vitimados pelos amores indigestos, pelas paixões imaturas. Minha recompensa por alimentar esses desejos, são eternos momentos ou descrições melancólicas eternizadas em delicadas palavras; mas o que são essas descrições descontextualizadas por esses momentos? Não faz sentido. Prefiro o calor de mãos entrelaçadas por assim estar e se no futuro assim não estiverem, restará o afago o perfume para em noites de frio me aquecer, recordar.
Maldita inocência, você é uma má consciência, afinal eu compreendo as tartarugas.
J.

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