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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Impulso


A gangorra que vem e vai na estrada dos loucos, o impacto que se soma na calada da noite  ilumina o horizonte com uma fogueira incessante, cheiro de morte, gordura grudada no estofado, ferragens contorcidas da gaiola humana artesanal, arte contemporânea é isso, mas eu não fico pra ver.
Isso não me interessa, mas tenho que admitir, é um dos ramos do fluxo do tempo que o futuro fim de semana me reserva, eu não acredito nisso, mas tive que escrever, eu não achava isso certo, mas tive que fazer, eu desprezava isso de tal forma que nenhum adjetivo seria suficiente para caracterizar o meu desprezo, mas por capricho mostrei-lhe um pouco da minha repulsão.
Eu confesso:
- De nenhuma outra forma poderia ser mais sincero, de nenhuma outra forma obteria o prazer proveniente dos riscos de todos os conflitos e perigos, de nenhuma outra forma poderia ser mais fiel ao meu instinto.
Eu penso:
- Tolice é a forma ingênua com que se externa um impulso, tolice é reprimi-lo, é quase como um aborto prematuro de si mesmo, mas não leve isso ao pé da letra meu caro, existem limites que delimitam se o impulso pode ou não se externar, todos eles estão na sua cabeça, não irei mentir.
O mínimo que pode fazer é estar preparado para lidar com as consequências, se você estiver numa fase ruim, seu impulso será como o de um sádico em autodestruição, se estiver equilibrado o impulso não será forte quando ruim, logo sua atitude será como aquilo que chamam de “o melhor a se fazer”, se você não for um prodígio, só através do erro irá acertar, foi o que aprendi.
Eu concluo:
- Minha apologia é descarada, incensurável, é o que torna a divina comédia mais engraçada, é o genocídio do medo, mas é para uma plateia restrita, é para aqueles que veem a vida como ela é, não como querem que seja, para os que desejam a chave da gaiola e estão dispostos a garantir sua própria segurança.
As pessoas não desejam liberdade no sentido de poder fazer o que quiserem, elas anseiam desesperadamente por um homem ou uma instituição que as digam o que fazer, o mínimo de liberdade já lhes é suficiente se ao menos sentem algum conforto. Para quem gosta de voar alto com todos os riscos da queda fatal, impulsiono o pulso do despertar e vos digo: vocês não estão sozinhos.
J.

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