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Salvador, Bahia, Brazil
Tentado pela maçã que invade seu pseudo-espaço, angustiado pela irresolução que se lança sobre suas fantasias, instável como um big bang caótico, que se faz em uma rubra pincelada em um céu vazio, perdido de uma viagem eterna em um mar de consciência flutuante, eis o navio de cristal, eis três viajantes em um mesmo barco, tão frágil quanto a relatividade de suas emoções, sozinhos a buscar pelo ideal perdido, doce vicio, quanto ao qual é escrever sobre o que há de ser, pensar, fazer, sonhar e por fim realizar.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bendita Humanidade



 Depois da vida, resolve-se guardar o coração em um lugar diferente, um lugar tão alto que se tornou impraticável subir àquela altura de novo, com medo de cair... Pensam-se duas, três, infindas vezes até a exaustão antes de olhar para cima de novo. Até que um sorriso contagiante de outrem apareceu para aquele ser, homem de lata, que pára e fixa seu olhar de curiosidade desesperadora de descobrir o que se esconde atrás daquele gesto tão humano e enigmático. Aos poucos ele sobe aquelas pedras que rasgam sua superfície rígida sem vida sabendo que só encontraria a resposta se chegasse ao topo. As pedras no caminho o fazia lembrar de tudo que já passou, o que o fez fraquejar por vezes, mas a vontade de tentar de novo era insaciável. Poderia ser um erro, mas ele já não queria saber disso, o sorriso estava quase se apagando. Poucos segundos depois, agarrou com toda força aquele coração sedento de sentimentos e transbordando fragilidade. Com aquele núcleo de sensações em mãos, não soube o que fazer, pois o mesmo já não encaixava no mesmo lugar. Sua decisão foi atropelada pela sua ganância, ofereceu seu próprio coração de bandeja ao sorriso, que o fez de pedaços, em minúsculas fibras espalhadas por todo o chão, com todo seu enigma e humanidade.

O homem de lata já não pode mais amar, pois não soube amar a si próprio.

L.

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